domingo, 25 de setembro de 2011

UMA BRISA SOPROU NO PT DE PERNAMBUCO


COLETIVO PT MILITANTE é o nome do novo agrupamento formado no PT de Pernambuco. Mantendo a integração com a CNB Nacional, 100 militantes, dirigentes, parlamentares e executivos, representando diversas regiões do estado, decidiram por consenso o nome e estrutura do agrupamento. O Seminário teve a apresentação dos temas a) história da formação do agrupamento, feita por Jorge Perez, e b) Resoluções do IV Congresso Nacional do PT, por Tereza Leitão. Foram discutidas ainda campanha de filiação, organização dos setoriais do partido e eleições 2012. Ao final do Seminário foi eleita uma coordenação composta dos seguintes companheiros(as): Beatriz Gomes, Horácio Reis, Glaucus Lima, Jorge Perez, Paulo Valença e Tereza Leitão. O Seminário do COLETIVO realizou-se no dia 24/09, no auditório do SINDPD. O documento FORTALECER O PROJETO ESTRATÉGICO DO PT, lançado no final de agosto com 113 assinaturas, que deu origem ao COLETIVO, ja conta com a adesão de mais de 200 militantes.

domingo, 18 de setembro de 2011

LEMBRANÇAS DO CINE BIJOU XIII

AMARGO REGRESSO, filme de Hal Ashby, com John Voight e Jane Fonda.

Um dos filmes mais contundentes na denúncia das consequências da Guerra do Vietnã para quem foi "obrigado" a dela participar. Digo "obrigado a participar" porque mesmo entre aqueles que se alistaram voluntariamente, acreditando participar de uma ação em defesa de valores humanos, voltaram percebendo o grande mal que o poder americano provocava ao mundo e aos seus cidadãos interferindo de forma assassina na vida de um povo de outro país. .A crítica do filme é devastadora sobre os efeitos da guerra sobre os americanos.

 A guerra, contraditoriamente, contribuiu para a grande transformação que a juventude provocaria na sociedade mundial na decada de 60, através do movimento pacifista nos Estados Unidos que se somou à revolta dos jovens franceses contra a repressão de uma sociedade de valores putrefatos e a mobilização da juventude pela democracia e liberdade no leste europeu e América Latina. O período ficou marcado pela conquista de novos valores éticos, políticos  e costumes sociais em todo o planeta.

Todos aqueles que tiveram a oportunidade de viver e participar deste período histórico, seja pela via política, cultural ou de contestação dos costumes conservadores, sabem o que significa "juventude revolucionária". Não sei se em algum outro momento histórico a juventude foi tão protagonista quanto nos anos 60. Talvez seja o momento histórico onde cinema tenha sido mais reflexivo sobre o contexto social em que ele era produzido.

Há que se destacar ainda as músicas dos Rolling Stones, Beatles e Jimi Hendrix que compõe a trilha sonora do filme.

Não fosse o poder quase absoluto da mídia americana em desserviço da história e da sociedade americana, apesar da liberdade política, mas não econômica, que vigora naquele país, as lembranças e a reflexão sobre a guerra do Vietnã teriam efeitos mais saudáveis sobre a política dos EUA no Iraque, Afeganistão, etc. Depois dizem que são os brasileiros que não tem memória.

Por fim, o romance vivido pelos personagens de John Voight e Jane Fonda é emocionante e nos deixa extasiados.

Quem não assistiu sugiro buscar o DVD numa locadora de qualidade.



domingo, 11 de setembro de 2011

ONDE ESTAVA ONTEM A CORRUPÇÃO DE HOJE?




Pela falta de análise histórica e pela censura que a mídia e o conservadorismo da nossa sociedade impõe, parece que foi só nos últimos anos que a corrupção correu solta no país, desviando bilhões dos cofres públicos. Mas não é bem assim, e os corruptores e quem guarda a memória sabem disso.

De fato nos últimos tempos o assalto aos cofres públicos é explicito e se localiza diretamente nos orçamentos da União, Estados e Municípios. Mas anteriormente o assalto se realizava em outro lugar, mais escondido da sociedade, mais seguro. Aliás naquele tempo não se falava muito a palavra corrupção, usava-se o termo de favorecimentos ilícitos, gestão temerária, etc.  A corrupção estava, entre outros lugares, muito bem instalada no sistema financeiro, em particular nos bancos públicos onde os governantes de plantão usaram e abusaram deles para favorecer, em boa parte, os mesmos corruptores de hoje. Vamos lembrar.

Praticamente todos os bancos estaduais faliram por conta de empréstimos podres que foram concedidos a empresários amigos dos governantes de plantão.

O Banespa foi um dos que maior prejuízo deixou a nação. Ações do Ministério Público nunca chegaram de verdade a investigar a fundo o assalto aos cofres do Banespa e outros. O Banerj escandalizou a sociedade carioca. O Bandepe, que foi usado para construir o estádio do Arruda, e que também jogou rios de dinheiro nas mãos dos usineiros que nunca devolveram. Usineiros que faliram as usinas, mas acumularam um bom patrimônio na Avenida Boa Viagem, no Recife e financiaram boa parte dos políticos ligados à ditadura. Banco do Estado do Maranhão, cujas famílias oligárquicas secaram seus cofres. Poderiamos citar um a um todos os bancos estaduais, que sem exceção, participaram, nas décadas de 70 e 80, da farra de empréstimos a fundo perdido. Perdido pra quem? Até bancos privados foram usados para a política de favorecimento político e enriquecimento ilícito, como o Banco Econômico que na Bahia era o segundo orçamento do governo de ACM.

O prejuízo final foi parar aonde? No PROER de FHC que usou bilhões dos cofres públicos para sanear estes bancos e passa-los limpos para os banqueiros privados, nacionais e internacionais. Além dos bilhões do PROER, lembram-se da chamada parte podre dos bancos? Foram estatizados e ficaram para o Banco Central contabilizar o prejuízo.

Quantos bilhões foram aí desviados? Como se não bastasse isso, cerca de 400 mil bancários foram sumariamente demitidos, em plena recessão econômica, sem condições de encontrar outro trabalho. Muitos passaram de classe média para miseráveis. Dezenas, centenas talvez, anônimos, suicidaram-se.

Mas não foi só isso. No sistema financeiro ainda foram usados e abusados os recursos dos bancos públicos federais, que não quebraram por serem profundamente enraizados na sociedade brasileira que os sustentou. Quantos operações de crédito do Banco do Brasil, a empresários de diversos setores econômicos, particularmente da agricultura, foram usados para financiar eleição de candidatos do governo? O Banco do Nordeste, quem se lembra de Byron Queiroz, o presidente do banco preferido de FHC, que jogou o BNB na lona, e que só sobreviveu por força da luta de seus funcionários e da organização sindical. A Caixa Econômica, o BASA, o BNDS quantos bilhões emprestaram como fundo perdido. Os bilhões que o BNDS jogou nas mãos de investidores estrangeiros para comprar a preço de banana empresas estatais como a Vale do Rio Doce.

Pois é naquela época não se tratava disso propriamente como corrupção. Falava-se no lucro que banqueiros tiveram com o PROER. Mas nós sabemos que aqueles bilhões foram usados para enriquecimento ilícito e para empresários financiarem eleições dos candidatos governistas daquele período. E saíram do orçamento público. Um parênteses só para lembrar certas discussões. Bolsa família para ajudar a sobrevivência de miseráveis é assistencialismo eleitoreiro, e o PROER, foi o quê?

À medida que o sistema financeiro estadual quebrou, que a SELIC foi pra estratosfera dos 40% anuais, que era mais vantajoso para os bancos a ciranda financeira, os corruptores foram buscar os recursos diretamente no orçamento da união.

E qual o caminho que eles fizeram para chegar ao orçamento da união. Aumentaram os valores das emendas individuais dos parlamentares, instrumento criado pela ditadura militar, e estão se aproveitando que o governo Lula e Dilma aumentaram os investimentos em obras estruturadoras em todo o país. Os corruptores criaram um sistema de adentrar as licitações através de governantes e servidores corruptos. Se investigarmos a fundo os beneficiários desta atual corrupção não serão muito diversos daqueles que assaltaram os bancos públicos. E uma parte considerável de parlamentares estão diretamente envolvidos nestes “favorecimentos” de licitações. Como o crime organizado que se infiltrou nas polícias, os corruptores se infiltraram nas repartições públicas e no judiciário. Como parte do Congresso se beneficia de financiamentos de campanha com esta política, a Reforma Política não avança. É só ver quem resiste a levar adiante a reforma. Não vejam pelo discurso, mas sim pelos votos, posicionamentos lá dentro do parlamento e pelos financiadores de suas campanhas.

Acho que toda luta contra a corrupção é importante. Umas mais, outras menos. Umas sinceras e outras demagógicas. A Frente Parlamentar contra a corrupção puxada por parlamentares do DEM/PSDB e alguns do PMDB é majoritariamente formada por quem é contra a alteração do atual sistema político que os favorece eleitoralmente.

É verdade que a sociedade está incomodada com todas as denúncias de corrupção, mas o movimento que ocorreu no dia 7 de Setembro, como luta real contra a corrupção, parece não ter futuro. Os organizadores deste movimento, que não foi tão espontâneo assim (a imprensa ajudou bastante na divulgação), não conhecem (outros fingem não conhecer), e portanto não consideram, o processo histórico da formação da máquina corrupta no Brasil. Não sabem articular a luta contra a corrupção às transformações necessárias para acabar com ela como processo que se organiza historicamente. Talvez ele até contribua para mobilizar certos setores que estavam na apatia, mas se o movimento não tiver uma perspectiva política clara ou se mostrar uma faceta política conservadora, logo se esvaziará como aquele tal do CANSEI.

Veremos. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Manifesto

FORTALECER O PROJETO ESTRATÉGICO DO PT

"A vocação transformadora de um partido político

é inseparável do esforço permanente para aperfeiçoar

a capacidade teórica e prática de seus militantes"

(extraído do caderno de formação do PT)

O Partido dos Trabalhadores nasceu das lutas populares e definiu-se como um partido classista, de organização autônoma e independente, plural e de base. Tornou-se a grande novidade na política brasileira, rompendo com os velhos esquemas de partidos dominados pelas oligarquias e introduzindo na cultura política o interesse pelos valores éticos, transparentes e democráticos, trazendo para mais próximo de nós o caminho da conquista de uma sociedade com justiça, solidariedade, democracia e igualdade, uma sociedade socialista.

Fincado nesses alicerces e com as raízes nos movimentos sociais e sindicais, o Partido dos Trabalhadores, desde o seu nascimento até os dias de hoje, tornou-se a voz do povo. Exerceu esse papel no combate à ditadura, na constituinte e na resistência à política neoliberal.

Nos últimos dez anos o PT situa-se no cenário político como uma alternativa real de poder e no exercício da política aprendeu que em uma sociedade plural como a brasileira, para governar, é preciso desenvolver a prática de fazer alianças, entendendo que aliança política se faz com programa, com transparência e sem adesismo. Como resultado de seu protagonismo, nos seus 31 anos, o PT conquistou um lugar privilegiado junto à população brasileira e é a maior referência de esquerda no cenário internacional.

No exercício do poder o Partido dos Trabalhadores implantou na administração pública o modo petista de governar, transferindo para o Estado as políticas concebidas nos fóruns de debates populares vivenciados junto com a sua valorosa militância, cuja maior referência encontra-se no Governo do Companheiro LULA, estrondosamente aprovado pela população brasileira.

As mudanças sociais se deram efetivamente com a implementação das políticas de distribuição de renda, de emprego, de combate à pobreza e à fome, do aumento do salário mínimo, da construção de casas populares, do ProUni, do Programa Luz para Todos, do enfrentamento aos preconceitos, de avanços na educação, na saúde e na agricultura familiar, de ações afirmativas em favor das mulheres, dos negros e negras e as ações pela consolidação dos direitos humanos.

Essas mudanças que transformaram a imagem do Brasil no exterior e influenciaram positivamente na qualidade de vida das pessoas, são frutos das políticas sociais e de investimentos na infraestrutura do país, e sobretudo pela política de fortalecimento do papel do Estado com a interrupção do processo de privatização e de desqualificação dos serviços e dos servidores/as públicos/as, rompendo com os pilares da doutrina neoliberal e implantando o Estado democrático- popular  que tem um relevante papel na promoção dos direitos de cidadania.

O projeto político do PT vive uma nova fase com a eleição de Dilma, após oito anos do bem-sucedido governo Lula. É hora de aprofundar as mudanças, aperfeiçoar as medidas, avançar na consolidação da democracia e da inclusão social.

Hoje, passamos por um novo período dos velhos ataques e das insistentes tentativas da oposição de gerar, ainda que artificialmente, uma crise política no governo, semeando um clima de instabilidade. A crise econômica mundial certamente repercute no Brasil e o PT tem papel destacado no governo para implementar medidas de enfrentamento e superação.

Nesse momento é preciso manter o partido organizado, estreitar a relação com os movimentos sociais, mobilizar os seus mandatários, militantes e dirigentes para numa ação articulada, garantir o apoio e a sustentabilidade política à Presidenta Dilma, preservar os avanços já estabelecidos e a credibilidade do partido perante a sociedade.

Queremos avançar em um contexto político em que, ao mesmo tempo, é preciso derrotar a direita e nos fortalecer diante dos aliados. Aqui em Pernambuco isso é evidente. Para ajudar na sustentação do governo Dilma e reforçar a construção do nosso projeto, o PT precisa se movimentar em duas direções que se complementam: a) crescer na presença institucional em 2012, nas prefeituras e câmaras municipais; b) fortalecer sua autonomia e papel político, ocupando seu espaço na aliança, que ajudamos a eleger e formatar.

Temos consciência de que o PT não é o único ente político comprometido com as transformações sociais. Temos preciosos aliados, desde partidos políticos até organizações, movimentos sociais e instituições, que  precisam ser considerados. Porém, o PT não pode descuidar do reconhecimento do seu próprio potencial político, de qualificar e estimular seus quadros, de preparar sua militância para esse próximo período da conjuntura.

Tal conjuntura exige dos petistas do Estado de Pernambuco uma visão mais ampla desse projeto estratégico que ao ser implementado permita aglutinar forças, mobilizar a militância, favorecer o diálogo e o fortalecimento do partido, bem como a superação de métodos individualistas hoje tão cultuados dentro da tendência majoritária.

É fato que, de uns tempos para cá, em Pernambuco, a CNB deixou de cumprir o papel organizador da militância e referenciador dos dirigentes responsáveis pela construção partidária.  Estabeleceu uma política de distanciamento dos movimentos sociais, de ausência de debates estratégicos, de fulanização de projetos políticos e adotou como regra a prática de tomada de decisões individuais ou no máximo de pequenos grupos. Até tentamos, pacientemente, disputar por dentro da CNB nossa concepção, haja vista a sua peculiar pluralidade.  Mas os métodos de conduta acima citados, tornaram impossível a nossa convivência em um mesmo grupo aqui em Pernambuco. Falta o sentimentos de pertencimento, gerador da identidade coletiva.

Nós que subscrevemos esse manifesto, nos contrapomos a esses métodos, por considerá-los contrários às doutrinas do Partido dos Trabalhadores e manifestamos dentro do Partido e de público os nossos propósitos:

Queremos exercitar as boas práticas políticas do Partido dos Trabalhadores, trazendo para dentro do partido a discussão sobre os temas que estão em pauta como a Reforma Política, os avanços e dificuldade das administrações petistas no Estado, a estratégia política para as eleições 2012, as ações e práticas dos petistas dentro da administração federal e  no governo de aliança no estado. Reorganizar as relações com os movimentos populares, sindicais e das juventudes.

Queremos uma CNB representativa de todos os segmentos sociais que compõem o PT. Valorizamos e apoiamos a participação do partido na esfera institucional, entendendo que o debate não pode estar restrito a esse segmento, pois a riqueza política do PT se sustenta na participação dos diversos setores organizados no seu interior e que a importância  da representação institucional se manifesta sobretudo na identidade partidário do mandatário.

A CNB no âmbito nacional continua representando o projeto principal de avanços na construção e ação do partido.  Como um grupo autônomo no estado, manteremos nossas relações orgânicas com a coordenação nacional da corrente. Não estamos, portanto, criando uma nova tendência, pelo contrário, estamos nos organizando para recuperar o papel político que a CNB, como uma corrente democrática e participativa, pode realizar.

Respeitamos a direção que o Presidente Pedro Eugênio imprime ao partido. E ele precisa do apoio decisivo de todos (as). Ele conta com nosso apoio para o fortalecimento do PT. Reafirmamos nosso compromisso com a democracia interna, com o fortalecimento da interiorização e apoio aos nossos Prefeitos/as, Vices e Vereadores/as, com a mobilização e organização da militância que não pode ficar restrita ao período eleitoral, com a necessidade de se colocar os mandatos legislativos e executivos sintonizados com os princípios do partido.

Conclamamos a todos/as que concordam com esta avaliação e perspectiva para iniciarmos amplamente tal debate. Este manifesto é o início da discussão, não o seu fechamento. Queremos ouvir e discutir com todos os/as companheiros/as que pensam na política como atividade coletiva e acreditam que sonhos, quando colocados em movimento, podem se transformar em realidade.

Saudações petistas

Recife, 26 de agosto de 2011

Seguem-se 113 assinaturas de militantes e dirigentes de várias regiões do estado de Pernambuco

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A RELAÇAO DO PSB/PSDB E AS CONSEQUÊNCIAS QUE O PT PRECISA DISCUTIR.

No início de junho enviei um a carta aos militantes do PT levantando uma preocupação com a aproximação do GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS/PSB com o presidente nacional do psdb, SÉRGO GUERRA, E AS CONSEQUÊNCIAS PARA A RELAÇÃO ENTRE OS PARTIDOS POLÍTICOS DA BASE DE SUSTENTAÇÃO DO GOVERNO ESTADUAL.  considerava que o partido deveria discutir este tema, se preparando para as eleições de 2012 e 2014. a carta DIZIA  assim:


 “Precisamos ainda este ano avançar em algumas deliberações políticas e organizativas bem como fazer as avaliações necessárias das alianças eleitorais. É necessário termos clareza sobre como se deve dar nossa relação com o Governo Estadual, com o PSB e demais partidos da base aliada. Não podemos deixar de considerar alguns elemengos importantes na conjuntura atual. A aproximação do PSDB/Sergio Guerra com o PSB, a participação de Eduardo Campos na criação do PSD de Kassab, a importância das eleições municipais de 2012 para 2014 e a defesa permanente dos nossos governos municipais e federal.”


Esta carta provocou reações bastanteS contunentes do deputado aluisio lessa, do PSB, de Sergio Guerra e Evandro avelar, presidentes nacional e estadual do psdb, CONFORME DIVULGADO PELA MATÉRIA DO jornal do commercio, DE 11/06/07, ABAIXO REPRODUZIDA. PARA NEGAR E DESQUALIFICAR MINHAS PREOCUPAÇÕES ME CHAMARAM DE TUDO MENOS DE SANTO.



PSDB motiva discussão entre petistas e socialistas

Publicado em 11/06/2011, às 00h02

Do JC Online

Dois dos maiores partidos de esquerda do Brasil, o PT e PSB são como dois irmãos que estão sempre juntos, mas vivem brigando. Mais uma rixa entre as duas legendas veio à tona esta semana depois que o presidente licenciado do PT no Estado, Jorge Perez, se mostrou incomodado com a aproximação entre os socialistas e o PSDB. O recado do petista foi dado por meio de uma carta destinada à militância e através do Twitter onde escreveu: “Alguém pode avisar a Eduardo Campos que seu aliado Sérgio Guerra continua falando besteiras sobre o governo Dilma?”.

A declaração foi mal-recebida pelo PSB, que se manifestou através do deputado estadual Aluisio Lessa. “O posicionamento de Perez é esdrúxulo e desconectado da realidade. As alianças entre o PSB e o PSDB são pontuais em Estados como Minas Gerais, Paraná, Paraíba e Alagoas. Não existe nada em nível nacional. Isso é conversa para boi dormir. Nós somos aliados do PT e não questionamos as alianças deles com Sarney, Collor, Renan Calheiros e outras figuras que a sociedade despreza. Acho que ele está querendo ocupar a cabeça e faz isso expondo suas opiniões conflituosas”, declarou.

De acordo com Jorge Perez, o comentário foi apenas uma forma de promover o debate sobre as alianças. “A proximidade PSB/PSDB pode significar um passo atrás no caminho da sustentação do governo Dilma já que Guerra é um opositor ferrenho do governo federal. Isso é alerta, pois no passado tivemos problemas. Nas eleições municipais, em Jaqueira, o PSB deixou de nos apoiar para ficar com o DEM. Isso não pode se repetir”, declarou.

Sobre as queixas dos socialistas, ele rebateu. “Eles podem falar de eleição e questionar a aliança através da vereadora Marília Arraes e nós não podemos?”, indagou Perez.

No centro de toda a polêmica, o deputado federal Sérgio Guerra optou por menosprezar a avaliação do petista. “Perez pode falar o que quiser, pois não presto atenção. A opinião dele é tola. O PSDB é contra o governo Dilma, mas apoia o PSB em várias cidades”, comentou. A crítica mais pesada contra o petista veio do presidente estadual dos tucanos, Evandro Avelar. “Temos uma boa relação pessoal e política com Eduardo Campos e acho estranho Jorge Perez se meter nisso. Ele está querendo tutelar e pautar as ações do governador”, declarou.

No próprio PT as declarações de Perez foram vistas com cautela. O secretário de Governo Mauricio Rands, que pertence à mesma tendência que o correligionário, a Construindo um Novo Brasil, disse que preferia se manter longe de qualquer tipo de briga e que conversaria com o companheiro de partido durante a reunião do diretório estadual, hoje. “Só quero saber da união da Frente Popular”, despistou.

O deputado federal João Paulo discordou do aliado, mas de maneira cuidadosa. “Foi uma colocação isolada e não deve encontrar eco no partido. O governador tem que se relacionar com legendas de fora da base. Fui muito questionado por conta de minhas parcerias com o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), mas elas se mostraram exitosas”, comentou.


NO DIA 07/07, QUASE UM MÊS DEPOIS O DIARIO DE PERNAMBUCO PUBLICA UMA MATÉRIA, ABAIXO REPRODUZIDA, ONDE CONFIRMA NÃO SÓ A APROXIMAÇÃO PSB/PSDB COMO A PREPARAÇÃO PARA O PSDB-PE OCUPAR UMA SECRETARIA NO GOVERNO EDUARDO CAMPOS.



Palácio age para acomodar PSDB

Josué Nogueira

Recife, quinta-feira, 7 de julho de 2011


Está cada vez mais próxima a oficialização da aliança entre tucanos e socialistas em Pernambuco

Eduardo Campos e Sérgio Guerra intensificaram conversas após eleição
de 2010. Imagem: ROBERTO PEREIRA/SEI e NANDO CHIAPPETTA/DP/D.A PRESS

Sem pressa, sem “dia D”, o Palácio do Campo das Princesas articula a oficialização da entrada do PSDB na base de apoio do governo Eduardo Campos (PSB). Informações levantadas entre socialistas e tucanos apontam para a confirmação da aliança entre os dois partidos, inclusive com a ocupação de uma secretaria pelo PSDB. Nos últimos dias, as conversas em torno da questão, iniciadas logo após a eleição de 2010, foram intensificadas. E indicam que a disputa eleitoral do próximo ano pode ser o momento ideal para que o namoro seja convertido em casamento. Principalmente porque prefeitos do PSDB, que subiram no palanque de reeleição de Eduardo, podem ter o apoio do socialista.

“A proximidade que sempre existiu entre Guerra e o governador deve favorecer essa aliança a partir de coligações municipais. Se isso (o apoio de Eduardo) for confirmado, naturalmente partiremos para uma aliança estadual. Consequentemente poderemos ter uma secretaria”, informa uma liderança tucana, reservadamente. Por sua vez, um socialista frequentador dos salões do Palácio informa que o PSDB pode deixar de ser a “reserva de apoio” com a qual o governador conta de modo informal. “Não se sabe o rumo que Armando (Monteiro Neto, senador e presidente estadual do PTB) irá tomar. Se ele deixar a base, o PSDB, que hoje já apoia a gestão, entrará no governo”, disse.

Essa estratégia, aliás, chegou a ser cogitada no mês passado, quando o PTB ficou contra o governo na votação da PEC que alterou a Constituição estadual e garantiu a possibilidade de reeleição ao deputado Guilherme Uchoa (PDT) para a presidência da Assembleia Legislativa. O episódio foi visto como um estremecimento na relação de Armando com Eduardo. Entretanto, o senador petebista tratou de reafirmar seus compromissos programáticos com a aliança liderada pelo governador e que as divergências eram ocasionais e decorriam “da pluralidade de visões e opiniões inerentes a tão expressivo conjunto de forças”.

Momentaneamente o ocorrido está “absorvido” pelo Palácio, mas trincou a relação entre PSB e PTB. As consequências, se existirem, poderão ser observadas na disputa de prefeituras pelo interior do estado em 2012, quando petebistas e socialistas devem medir forças em algumas localidades. Os tucanos, por outro lado, lembram que Guerra ganhou pontos com o governador ao se empenhar pessoalmente na mobilização da bancada estadual tucana para votar a favor da PEC.

Assim como o PSB, os tucanos não têm pressa para o desfecho do namoro que mantêm com os socialistas. Segundo fontes do PSDB, a busca de espaço no governo não está na pauta e não é condição para o estabelecimento da aliança. O próprio Guerra destaca que tem se reunido com Eduardo, mas para tratar apenas de assuntos nacionais. Sobre a entrada no governo e a ocupação de uma pasta pelo PSDB, limitou-se a afirmar que esses temas não estão em discussão.Ainda.

O fator PSDB


Saiba mais


A entrada do PSDB na base do governo deve encerrar as conversas que o DEM tem tido com os tucanos com vistas à eleição do Recife em 2012. Também pode emperrar a construção da chapa que teria o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) como candidato à Prefeitura do Recife com respaldo do PSDB. Pode ainda inviabilizar a filiação do deputado estadual oposicionista Daniel Coelho (PV) ao partido de Guerra.

No governo

O PSDB, com cinco deputados estaduais, reforçará a bancada governista, que pode passar a contar com 44 num universo de 49 – isso se o PTB e seus sete integrantes se mantiverem aliados. A adesão, além de inchar a base, pode intensificar a desconfiança que existe entre o PT e o PSB. Isso porque, sendo o PSDB o principal partido de oposição no plano nacional, fica difícil para o Palácio do Planalto engolir uma união formal entre tucanos e socialistas na terra do presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos.

Em 2012

Com o PSDB oficialmente na base, cresce o número de municípios onde Eduardo evitará visitar na campanha.No comando de uma aliança tão ampla, haverá localidades onde todos os palanques terão aliados do governador. Se pedir votos para um, Eduardo pode provocar ciúmes e amargar defecções.


NÃO VI NENHUM DOS MEUS DETRATORES DESMENTIREM A MATÉRIA DO DP, O QUE ME LEVA A CRER QUE EU TINHA RAZÃO, E, EVIDENTEMENTE, OS PARTIDOS POLÍTICOS DA BASE DE SUSTENTAÇÃO DO GOVERNO EDUARDO DEVERÃO SE POSICIONAR A RESPEITO  CASO SE CONFIRME A COOPTAÇÃO DO PSDB, POIS ISTO PODERÁ INTERFERIR NA CONSTRUÇÃO DAS ALIANÇAS PARA AS ELEIÇÕES DE 2012  E PARA 2014.

FELIZMENTE O PT JÁ INICIOU SEU PROCESSO DE DISCUSSÃO E ORGANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DO ANO VINDOURO. O PARTIDO NÃO DEVE SE ISOLAR E NEM CRIAR DIFICULDADES PARA AS ALIANÇAS NECESSÁRIAS NO CAMPO DE SUSTENTAÇÃO DOS GOVERNOS LULA E DILMA, MAS DEVEMOS AFIRMAR NOSSA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DE DEBATE E POSICIONAMENTO POLÍTICO. COMO DISSE ARMANDO MONTEIRO, PRESIDENTE DO PTB-PE, NO DEBATE DO INFELIZ PROJETO DE REELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DA ALEPE: SOMOS ALIADOS E NÃO SUBMISSOS.

A BASE DO PT HÁ MUITO PEDE ESTA DISCUSSÃO DA RELAÇÃO DO PT COM O PSB. NÃO PARA ROMPER, MAS PARA FIRMAR QUE QUER RECEBER TRATAMENTO DE ALIADO ESTRATÉGICO.