quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Leia um livro. Não assista o BBB. Sugestão de livro


"O erro de Descartes" foi por conta deste título que o livro me chamou a atenção na prateleira da livraria do Aeroporto do Recife. Li a sinopse na contra-capa e pensei: Ei, aqui tem coisa. Li duas páginas e fui correndo ao caixa pagar por ele. Isto foi há 13 anos e a partir de então continuo lendo sobre neurociências e filosofia da mente.

O livro do neurologista  Antonio Damásio abriu para mim um horizonte totalmente novo para pensar o papel da ciência, em particular a neurociências, na transformação social e política. O tema do livro não é esse, mas ele me surpreendeu tanto na discussão sobre cérebro e mente que me fascinou a idéia de que ao conhecermos o funcionamento do cérebro e o que é a mente poderíamos avançar bastante para compreender outros aspectos das relações sociais e. consequentemente, da política, da economia, da história.

Não pensem que é um livro difícil de ler, voltado para profissionais e acadêmicos da neurociência e filosofia. Ele é mais um exemplo do que já falei aqui de livros que tratam de temas que se acham distante da maioria da sociedade mas que são escritos numa linguagem acessível aos leigos, sem perder o rigor científico. Faz parte de um movimenmto em curso de democratização da ciência através de publicações de livros acessíveis a leigos que falam de física, astronomia, biologia, evolução, neurociências, matemática, etc.. 

Como falei acima, há 13 anos comecei a ler mais sobre ciências e virou quase uma mania. E desta leitura muita coisa pensei e elaborei no ato de fazer política. Julgo também que foi o período mais produtivo na minha militância política na CUT e no PT.

Por isso falo com muita ênfase e segurança: Leia um livro. Não assista o BBB.

Trecho da sinopse do livro:

Para pensar bem e tomar descisões corretas é preciso manter a cabeça fria e afastar todos os sentimentos e emoções. Certo? Errado. Neste livro surpreendente e polêmico, Antonio Damásio, que dirige um dos principais centros de estudos neurológicos dos Estados Unidos, mostra como, na verdade, a ausência de emoção e sentimento pode destruir a racionalidade.

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